Postagens

Mostrando postagens de 2012

A fina linha que delimita a vida pessoal e a profissional em TI

Depois de mais de 20 anos de mercado, fica mais fácil aceitar os motivos que levam alguns profissionais a se dedicarem como loucos em busca de reconhecimento, recompensas e objetivos, deixando a família em segunda lugar. Da mesma forma compreendo os que vêm o trabalho como a última prioridade em suas vidas, não atendendo chamadas fora do horário de expediente, não fazendo horas extras nem nenhum tipo de esforço que comprometa sua relação familiar. Eu particularmente não sou adepto de nenhum dos dois casos acima. Procuro um meio termo, que me permita extrair o melhor dos dois mundos. Mas nem sempre é fácil.  Há pessoas que vivem para trabalhar e outras que trabalham para viver. Eu acredito que o trabalho, ou melhor, uma atividade profissional, seja necessária para a evolução de todos nós. Não somente pela recompensa, mas pela dinâmica que isso traz às nossas vidas. Nos faz estudar, aprender. Cria objetivos diferentes, onde o ambiente tem regras diferentes da nossa vida social. Dentro

A sexta-feira mais negra de todas: descanse em paz João Gustavo Santos !

Imagem
Dia 23 de novembro de 2012. Sexta-feira negra, ou black friday, como chamam os americanos, é a sexta-feira seguinte ao feriado de Ação de Graças. Mundialmente conhecida como um data onde o comercio em geral oferece os melhores descontos do ano. Porém, esta sexta-feira negra não foi de compras nem de descontos. Não foi de alegria, nem de consumo. Ao Contrário. Marcou a despedida de um grande amigo, um irmão, João Gustavo Santos, nosso querido Gus. Depois de 5 meses em uma batalha incessante contra a Leucemia, ele finalmente descansou. Uma batalha dolorosa, que ele aguentou com a alegria de sempre, sem nunca reclamar ou questionar. Para os seus amigos, a imagem era sempre boa e a mensagem positiva, não importava seu estado. E foi assim até o final. Conheci o Gus no trabalho, enquanto ele trabalhava com um outro grande amigo meu, o Fernando Knack. Sentávamos perto, e isso foi o suficiente para conhecer a primeira grande característica do Gus: ele era muito expansivo e fazia amizade

Técnicas de apresentação - parte 2: as três regras básicas

Jaz faz tempo que comecei a me envolver com treinamentos, palestras e apresentações. Mais de uma década. E durante todo este tempo guardei para mim algumas regrinhas básicas para ajudar a fazer dos meus projetos de treinamento e apresentação eventos de sucesso. Na verdade, existem muitas dicas. Eu particularmente destaco três, que sigo com afinco: conheça sua audiência, conheça seu material e pratique! Conhecer sua audiência, o público que irá assistir sua apresentação, é o primeiro passo para se ajustar o material e seu discurso. Na verdade, o publico pode fazer com que sua apresentação mude radicalmente. Executivos demandam informação mais sumarizada, com menos detalhe e mais conteúdo para tomada de decisão. Já o publico em geral precisa de uma linguagem mais fácil de entender, sem jargões técnicos ou de negócios. São dois extremos que demonstram como pode ser difícil acertar o tom do seu material e do seu discurso se não sabemos quem estará nos assistindo. É de fundamental im

Tecnologia e diversão, o caminho para a Disney

Quem vai a um parque de diversões procura, obviamente, diversão. Para pessoas como eu, que cresceram indo ao Tivoli no Rio ou ao Play Center em São Paulo, parque de diversão era sinônimo de roda gigante, carrossel e montanha russa. Mas os anos passaram, a tecnologia evolui bastante e passou a fazer parte dos parques de diversão. Inicialmente como vídeo games e fliperamas. As formas tradicionais de diversão, com equipamentos mecânicos, foram ficando ultrapassadas e sendo aos poucos apimentadas pelos avanços tecnológicos. Em alguns casos, a tecnologia é responsável por 100% da diversão. Que o diga os parques da Disney em Orlando, na Florida, e também os da Universal, na mesma cidade. Não estou falando de jogos eletrônicos, e sim de um mundo completamente diferente criado pela realidade virtual e o uso maciço de projeções em 3D e recursos adicionais que muitos chamam de 4D e até 6D.  Quem esteve nos últimos anos na Disney sabe do que estou falando. Algumas atrações são verdadeiras surpr

Qual o feitiço da Apple?

Como é curiosa essa coisa do marketing. Mesmo quando as coisas começam a parecer ruins, que o mago de uma companhia (RIP Steve Jobs) nos deixa, e que a mesma companhia desanda a fazer escolhas equivocadas, vem o cliente e mostra que não está nem ai e simplesmente abraça o produto. É um impressionante movimento, que consegue derrubar algumas teorias e criar outras. Não estou de forma alguma fazendo apologia nem defendendo o iPhone, apesar de usar um. Tento entender o que a Apple conseguiu fazer com seus consumidores, que parecem cegos e enfeitiçados pela Maçã. Os últimos lançamentos relacionados ao iPhone mostram a mesma estratégia da Apple. Não revoluciona, não cria nada inesperado, apenas atende parcialmente os anseios de seus fãs. Segura novas funcionalidades para fazer atualizações num intervalo de tempo menor. E o que acontece em seguida a cada lançamento? Corrida às lojas para aquisição do novo sonho de consumo. Todos parecem já conhecer a estratégia da Apple, mas nem assim c

Técnicas de apresentação - parte 1: o começo de tudo

Um tema que particularmente me encanta, são as diversas técnicas e estratégias para se comunicar. Transmitir uma ideia, seja de maneira oral ou escrita, envolve uma série de preparativos que muita gente simplesmente desconhece ou ignora. Como começamos a falar desde 1 ano de idade, parece que o sucesso em transmitir uma ideia é natural. Como se a mesma história contada por pessoas diferentes não fizesse a menor diferença. Mas faz. E muita! Na área de TI assim como em muitas outras, saber expressar-se é vital. Principalmente se almejamos crescer na carreira, atingir objetivos mais ousados. Como na maioria das vezes o crescimento nos leva à liderança, torna-se mais necessário ainda comunicar-se com eficiência. Obviamente não quer dizer que só vai alcançar o sucesso quem tiver desenvoltura falando e escrevendo, mas, cá entre nós, ajuda muito não? Começando com este artigo, passaremos por vários tópicos relacionados ao planejamento, elaboração e entrega de apresentações e treinamentos. E

Seu filho pequeno pensa que a tela da TV é touch? Sinal dos tempos!

Sim, eles nasceram touch. Nasceram Kinect. Usam a voz para dar comandos, são intuitivos e cada vez menos dependem de manuais. São wireless, avessos a qualquer dispositivo preso fisicamente. Geração Y? Nada disso, são nossos filhos, frutos da geração Z. Se você tem filhos pequenos provavelmente se identificou de alguma forma. Mas o interessante de se notar é o buraco que se criou por conta da modernidade.   A evolução no mundo tecnológico tem proporcionado abismos cada vez maiores entre gerações. Meu filho tenta ver as fotos em qualquer dispositivo como se estivesse num tablet enquanto meu pai mal consegue operar um controle remoto. Alguns dirão que depende muito do mundo ao seu redor. Obviamente, quem vive alheio à tecnologia não pode se beneficiar dela. Mas o fato é que a distância entre mundos existe, e não podemos ignora-la. Melhor aprender a conviver com esse mundo novo e tentar adequar a educação dos nossos filhos a uma nova realidade tecnológica. Por mais que nós, pais,

Modernização de aplicações: O custo de não fazer nada

A Tecnologia evolui cada vez mais rápida e consegue tornar equipamentos ultramodernos em obsoletos em pouco tempo. Não só equipamentos, mas softwares, processos, metodologias, frameworks. Tudo o que cerca a área de TI. Há 40 anos, as mudanças eram poucas, e a evolução trazia junto um pacote de incertezas e insegurança, o que fazia com que as empresas sempre pensassem com muito carinho e atenção nos investimentos com modernização. O que quero discutir aqui são dois pontos: a modernização apenas para acompanhar a tecnologia e a falta completa de modernização. Como podem ver, são os dois extremos do assunto. Podemos comparar as duas situações com perfis de pessoas relacionadas à tecnologia: aqueles que aderem às novidades na época do lançamento (os early adopters) e aqueles que simplesmente não se preocupam em se atualizar tecnologicamente. No mundo corporativo acontece algo similar, mas, obviamente, por outros motivos. Algumas empresas acompanham as mudanças tecnológicas muito de perto

Re-skill: que caminho seguir ?

Faz parte do ser humano aprender para evoluir. Nascemos e começamos imediatamente a aprender. Aprendemos até morrer, ou quase isso. Aprendemos sobre tudo, o que vemos, o que sentimos, o que vivemos. Esse aprendizado natural das pessoas nada tem em comum com o conhecimento que detemos para desempenhar nossas atividades profissionais. Obviamente a experiencia de vida acaba influenciando, sim ! E nos tornando melhor (ou piores) profissionais. Vamos falar sobre uma tarefa difícil quando se fala em aprendizado: o começar de novo de um profissional. Muita gente pensa que, após anos na faculdade, nunca mais precisará estudar de novo. Ou que no máximo fará algum tipo de especialização. Estão enganados. Pelo menos na área de TI, onde a evolução é constante e paradigmas são quebrados com frequencia, temos que estar antenados ao que acontece no mercado e investir na capacitação de acordo com o caminho que traçamos como profissional. Até os anos 90, os profissionais especializados não tinham m

Arquitetos em TI: O que afinal faz este profissional ?

Imagem
Tem se tornado mais frequente a busca das empresas pelos chamados "Arquitetos" em TI. Mas o que não está claro para muita gente, ainda, é exatamente aonde este profissional se encaixa, quais são suas atividades e que tipos de Arquitetos existem. Falemos um pouco sobre o assunto então, começando na década de 90. Naquele momento, TI experimentava o começo da Era da Internet. Os mainframes ainda deminavam o mercado, a computação pessoal estava crescendo, mas as empresas ainda torciam o nariz para mudar plataformas e inovarem. Foi a época do downsizing, onde a onda era partir para soluçoes em arquitetura de pequeno e médio porte, baseadas em redes locais. Como até então tudo estava centralizado em uma plataforma única, era fácil seguir um padrão e fazer com que toda a empresa falasse a mesma lingua. Mas com a diversificação de plataformas, o que se ratificou nos anos 2000, comçou a fazer falta alguém que pudesse determinar, de acordo com a aplicação a ser desenvolvido e o negó

Cloud o que ?

Cloud o que? “Oi, meu nome é Cloud”. Depois de responder com um “prazer em conhecê-lo” você experimenta aquela sensação Déjà vu. O nome parece não ser familiar, mas alguma coisa está dizendo que não é um completo estranho para você. E você está correto. Cloud Computing não é uma revolução. Pelo menos não uma revolução completa! Tudo começou há muito tempo, mais precisamente em 1961, quando John McCarthy apresentou seu modelo de negócios de “Utility Computing” onde processamento computacional e até aplicações inteiras poderiam ser compartilhadas e vendidas como serviço. Nos 50 anos seguintes, junto com conceitos como Cluster Computing (ou computação em cluster, onde vários computadores são vistos como um único, em aplicações para computação de alto desempenho), Grid Computing (ou computação em grade, onde computadores conectados remotamente em regiões geográficas distintas eram utilizados em conjunto para resolver o mesmo problema), Arquitetura orientada a serviços (SOA) e